terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CEGUEIRA

Apontar o dedo pro outro, julgar seus passos e comportamentos, classificar e estigmatizar atitudes e formas de pensar são práticas tão comuns que às vezes esquecemos o quanto são prejudiciais nas relações humanas. Nesse post, peço a todos os meus amigos e leitores que façam uma pequena reflexão comigo, a partir de um pequeno poema que compus especialmente com esse fim.
A todos eu peço desculpas pela demora da atualização, é que estou meio sem assunto e, como sabem, faço questão de, ao menos, tentar corresponder às suas expectativas e nivel intectual.

Enfim, leiam o poema e me digam o que acharam nos comentários. Os elementos que eu encontrar nos pontos de vista poderão ser usados na próxima publicação que, prometo, será em breve!


Cegueira

Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês é real ou ilusão?
Me persegues com palavras e com pedras
E o que tocas não tem sombra nem tem mão

Não tem corpo, não tem vida nem tem sorte
Não tem arte, nem razão, não tem por quê
Só tem asas nos teus desenhos pobres
Nas ferrugens do pensar, do mal-querer

Se me julgas com os olhos que te cegam
O que vês são teus delírios, nada mais
São vestígios do teu medo, que carregam
O furor dos teus instintos animais

Se tens medo de me ver com outros olhos
De saber do meu saber mais que ninguém
É porque tu só entendes teus simplórios
Do meu ter que te fascina e que não tens

Se me julgas com os olhos que te cegam
O que não tem mais sentido se refaz
O que não tem mais desejo permanece
E o que não tem mais futuro se desfaz